Em 18 de março de 2014, completou-se
700 anos da morte na fogueira, na porta da Catedral de Notre Dame, França, do “último” Grão Mestre Jacques De Molay e de vários outros Cavaleiros da Ordem Templária, todos inocentes das inconsistentes acusações.
Muitos Templários continuam aguardando o
reconhecimento do erro cometido. Não basta o “descobrimento” e revelação do
documento de Chinon (*) que veio trazer à luz a injustiça cometida contra a
Ordem do Templo, é preciso mais, é necessário o pedido público de perdão.
Em 1307 DC, Filipe “o belo”, um rei maquiavélico,
cruel, sanguinário, ganancioso e covarde buscava acertar as finanças da falida
França, para isso, tramou roubar e se apossar das riquezas da Ordem. Desta
forma, tramou a prisão de Jacques De Molay que no dia 12 de outubro foi um dos
que carregou o caixão no funeral da cunhada do rei Filipe, Caratarina de
Courtenay.
No dia seguinte (uma sexta feira 13 – daí vem a
maldição deste dia), Jacques De Molay foi preso por Guilherme de Nogaret e
Reinaldo Roy no complexo do Templo, além dos limites de Paris. Também 15 mil
Cavaleiros, sargentos, capelães, serviçais e trabalhadores foram arrebanhados
pelo rei em um só dia, poucos foram os que escaparam.
Tudo estava tramado
para confiscar os bens dos Templários, assim como fizeram com os judeus e os
lombardos alguns meses antes na França. Vale ressaltar que “os Templários não
eram estrangeiros como os lombardos e nem infiéis como os judeus. Eram membros
de uma de uma corporação orgulhosa e poderosa que se encontrava sob jurisdição
eclesiástica, sujeita não ao rei, mas ao Papa”. Filipe alegara que os mandatos
de prisão tinham implicado consulta prévia “ao nosso mais santo padre em
Cristo, o Papa”.
Na verdade o Papa Clemente V não havia sido
consultado e enviou ao rei uma indignada repreensão na qual entre outras coisas
dizia “violastes, em nossa ausência, todas as regras e deitastes a mão a
pessoas e propriedades dos Templários. Vós também os aprisionastes e, o que nos
entristece ainda mais, não os tratastes com a devida clemência...” no entanto
em tudo o que disse o Papa em momento nenhum declarou se acreditava ou não nas
acusações feitas contra os Templários, sua objeção foi principalmente à
usurpação de sua prerrogativa e à traição de confiança”.
Para conseguir a confissão dos templários, das
barbáries engendradas, os mesmos foram torturados abruptamente com métodos
cruéis como o cavalete, que distendia os membros de um homem a ponto de
deslocar sua articulações; a estrapada onde uma corda era amarrada nos braços
virados para trás e ele levantado; esfregar gordura nas solas dos pés e
aproximá-los do fogo, onde muitas vezes, seus ossos ficavam expostos, como
aconteceu com Bernardo de Vado, sacerdote do Templo. Além disso eram postos a ferros,
passando a pão e água, e proibidos de dormir. Tudo isso o Papa poderia impedir
impondo sua autoridade, se fosse capaz de frustrar o ataque do rei, visto que
em 1308, o documento de Chinon comprovara sob minuciosa investigação que os
Templários eram INOCENTES.
Ao ser levado à presença dos Cardeais enviados pelo
Papa para interrogá-lo o Grão Mestre Jacques De Molay rasgou sua camisa de cima
a baixo para mostrar as marcas das torturas em seu corpo e os “Cardeais
choraram amargamente e foram incapazes de falar”.
Quando Filipe soube que os Cardeais não condenaram
os Templários, escreveu para o Papa ameaçando acusá-lo dos mesmos pecados, mas,
o Papa respondeu, que “preferia morrer a condenar homens inocente” e em
fevereiro de 1308 ordenou a Inquisição que suspendesse o processo contra os
Templários, mas o rei os manteve presos.
Historiadores acham que “é possível que o Papa
decidiu que os Templários deveriam ser sacrificados pelo bem da Igreja”,
acovardando-se.
Fora da França a notícia era de que o Papa Clemente
V “era um fantoche nas mãos do rei Filipe o belo”.
Jacques De Molay disse a Comissão que “acreditava
em um só Deus e numa Trindade de Pessoas e em outras coisas pertencentes à fé
católica (...) e quando a alma estivesse separada do corpo, então ela seria
visível para quem fosse bom e para quem fosse mau, e cada um de nós
saberia a verdade dessas coisas que nós estivéssemos fazendo no momento’.
Segundo Pedro de
Bolonha a tortura removia qualquer “liberdade de espírito, que é o que todo
homem deve ter”.
O arcediago de Orleans e um dos carcereiros dos Templários,
Filipe de Voet contou a comissão papal que muitos Templários haviam jurado
antes de morrer “que as acusações contra a Ordem eram falsas”.
O rei Filipe teve a cobertura do Papa Clemente V
para conseguir seu intento, pois, na época, o Papa se acovardou, omitindo-se
por ocasião da injusta prisão Jacques de Molay e inúmeros Cavaleiros
Templários, diante das graves acusações mentirosas.
Enquanto ardia na fogueira em 18 de março de 1314,
vítima da covardia e da ganância, Jacques De Molay convocou ao rei e ao Papa a
se apresentarem no Tribunal Divino dentro do prazo de um ano, para prestarem
contas de seus feitos. Assim foi feito, o Papa Clemente V, morreu em 20 de
abril de 1314 e o rei Filipe, morreu em 29 de novembro do mesmo ano, cumpriu-se
as palavras do Grão Mestre da Ordem.
Os gananciosos conseguiram ficar com os bens
imóveis da Ordem, quanto aos bens móveis, estes nunca foram encontrados, muito
menos os seus segredos que foram passados de geração em geração, aos
verdadeiros Templários. Segredos que em sua maioria encontram-se cifrados no
Evangelho Espiritual de João, velados aos profanos e aos indignos de
“conhecerem os mistérios de Deus”.
Não é a Ordem do Templo que necessita de perdão e
sim o Vaticano e o Governo da França pela crueldade cometida. Ou será que
queimar pessoas vivas e caluniá-las fazem parte de suas doutrinas religiosas
e/ou políticas?
Uma coisa é certa, o
verdadeiro tesouro só pode ser conquistado pela lapidação do Espírito, onde
somente os puros de coração tem acesso a ele.
Dentre documentos e relíquias produzidas com datas retroativas, que
visassem consertar ou atenuar feitos passados, e que vêm - em momentos
oportunos - "surgir em depósitos secretos", o documento de
Chinon, veio à luz, quando começou a se tornar pública a execução dos últimos
líderes da ordem, considerada por alguns como a maior injustiça da Inquisição Medieval, a prisão e tortura - por sete anos - de Jacques de Molay, que poderia
ter-se expiado simplesmente confirmando as acusações - agora aparece como
confessando, sendo assim absolvido, mas continuaria preso e terminaria queimado
- o documento parece mesmo ter sido produzido após 1314, com a finalidade de
atenuar a provável exposição da crueldade papal e também da obstinação deste
homem em se manter fiel à verdade, mesmo que isto lhe custasse a vida.
O pergaminho de Chinon foi preparado por Robert de
Condet, clérigo da diocese de Soissons.
Os notários foram Umberto Vercellani, Nicolo Nicolai de Benvenuto, Robert de
Condet e o mestre Master Amise d’Orléans le Ratif. As testemunhas foram o Irmão
Raymond, abade do monastério beneditino de St. Theofred, Mestre Berard de
Boiano, arquediácono de Troia, Raoul de Boset, confessor e
cânone de Paris, e Pierre de Soire, superintendente deSaint-Gaugery em Cambresis.
Mesmo antes do Vaticano anunciar a sua existência,
muitos livros de referência sobre os Templários já citavam o Pergaminho de
Chinon. Em 2002, a Dra. Barbara Frale localizou uma cópia do pergaminho nos
arquivos do Vaticano.
Em outubro de 2007, o Vaticano anunciou que
liberaria uma cópia do Pergaminho de Chinon, após "700 anos". Nós
Templários, esperamos por isso do Vaticano, merecemos isso e não descansaremos
enquanto a JUSTIÇA não for feita e a Igreja se manifeste pedindo desculpas
públicas pelo seu erro e omissão.
Cabe aos chefes dos Estados do Vaticano e da França
tornarem público os seus pedidos de perdão à Ordem e cabe aos verdadeiros
Templários, ao sentirem sinceridade em tais pedidos, externarem publicamente os
seus aceites.
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