segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ACADEMIA BRIGADIANA DE LETRAS



Na data de ontem, 24 de novembro, a ACADEMIA BRIGADIANA DE LETRAS deu posse a oito novos acadêmicos:
- Alberto Rosa Rodrigues, Cadeira nº. 7, cujo Patrono é Affonso Emílio Massot
- Armando Pereira de Mendonça, Cadeira nº. 12, cujo Patrono é Herito Lopes Sobrinho;
- Bento Matuzalem de Vasconcelos, Cadeira nº. 29, cujo Patrono é Aureliano de Figueiredo Pinto;
- Charles Netto, Cadeira nº. 25, cujo Patrono é Otacílio de Moura Escobar;
- Daniel da Silva Adriano, Cadeira nº. 6, cujo Patrono é Aldo Ladeira Ribeiro;
- Jerônimo Carlos Santos Braga, Cadeira nº. 9, cujo Patrono é João Aldo Danesi;
- Moisés Silveira de Menezes, Cadeira nº. 31, cujo Patrono é Manoelito de Ornellas;
- Ubirajara Anchieta Rodrigues, Cadeira nº. 11, cujo Patrono é José Luiz da Silveira;
- Armando Pereira de Mendonça, Cadeira nº. 12, cujo Patrono é Herito Lopes Sobrinho;
- Bento Matuzalem de Vasconcelos, Cadeira nº. 29, cujo Patrono é Aureliano de Figueiredo Pinto;
- Charles Netto, Cadeira nº. 25, cujo Patrono é Otacílio de Moura Escobar;
- Daniel da Silva Adriano, Cadeira nº. 6, cujo Patrono é Aldo Ladeira Ribeiro;
- Jerônimo Carlos Santos Braga, Cadeira nº. 9, cujo Patrono é João Aldo Danesi;
- Moisés Silveira de Menezes, Cadeira nº. 31, cujo Patrono é Manoelito de Ornellas;
- Ubirajara Anchieta Rodrigues, Cadeira nº. 11, cujo Patrono é José Luiz da Silveira;
A solenidade contou com a presença do Exmo. Sr. Comandante-geral da Brigada Militar, Coronel Alfeu Freitas Moreira e do Subcomandante Coronel Andreis Sílvio Dal'Lago.
Atualmente presidida pelo Acadêmico Alberto Afonso Landa Camargo, que ocupa a Cadeira nº. 1, cujo Patrono é José Hilário Retamozo, a ACADEMIA BRIGADIANA DE LETRAS foi fundada em 21 de abril de 2006, consumando o sonho do seu Patrono Perpétuo JOSÉ HILÁRIO RETAMOZO, que, infelizmente, não pode ver esta intenção consumada em razão do seu precoce falecimento.
Foi na referida data, que se reuniram seus fundadores, Vanderlei Martins Pinheiro, Luis Antônio Velasquez, Délbio Ferreira Vieira, Pércio Brasil Álvares, Cláudio Medeiros Bayerle e Alberto Afonso Landa Camargo, para finalmente ver realizado o sonho do insigne Poeta JOSÉ HILÁRIO RETAMOZO, para ser hoje um marco nas letras e outras artes do Rio Grande do Sul, sem nunca abandonar suas raízes Brigadianas.
Parabéns aos novos Acadêmicos que engrandecem a nossa cultura! Parabém á ACADEMIA BRIGADIANA DE LETRAS, que a partir de ontem está mais engrandecida pela presença destes novos Acadêmicos, autores de grande significação para as letras Brigadianas!
       
        

          MANOELITO DE ORNELLAS PATRONO DA CADEIRA 31

Nasceu Manoelito de Ornellas em 1903, o penúltimo filho de uma prole de sete, em ltaqui, às margens do rio Uruguai, Rio Grande do Sul, no dia 17 de fevereiro. Seus pais são Manoel Pedro de Ornellas, descendente de portugueses da ilha da Madeira, e Anna Guglielmi, de ascendência italiana e francesa, nascida no Uruguai. 
1922- Muda-se, com a família, para Tupanciretã, região do Planalto Médio. 
1928 - Publica pela Emp. Gráfica Ltda., de São Paulo, seu primeiro livro: Rodeio de Estrelas, poesias. 
1930 - Publica o livro de poesias, Arco Íris, pela Livraria do Globo, e Dois Discursos, pela mesma editora. 
1931- Casa-se com Lucy Pinto de Ornellas, prima de Aureliano e José Figueiredo Pinto, amigos de Manoelito. 
1932- Nasce Lília Pinto de Ornellas a única filha do casal. 
1934 -Muda-se, com a família, para Santa Maria. Publica pela São Paulo Editora uma monografia sobre a historia da região missioneira do Estado, Tupay-cy-retã, trabalho que rende, ao autor, uma cadeira de membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. 
1935- Muda-se, com a família, para Porto Alegre. 
1938-  Publica seu primeiro livro de ensaios, Vozes de Ariel, pela Globo. 
1940 - Publica Tradições e símbolos. É agraciado com a Medalha de Prata do 50º aniversário da Proclamação da República, em 20 de maio. 
1943 Publica, com êxito total de crítica, o livro de ensaios Símbolos Bárbaros pela Livraria do Globo. Mais tarde lança O Brasil nos Destinos da América. 
1944 - lnicia uma campanha, por todo o território sul-rio-grandense, pela volta ao regime democrático. Profere conferências e lança o estudo Caminhos originais do Brasil. 
1948 - Publica, pela Editora Globo, o romance histórico Tiaraju. Também sai Gaúchos e Beduínos - a origem étnica e a formação social do Rio Grande do Sul, pela José Olympio, além do ensaio Uma viagem pela Literatura do Rio Grande do Sul, separata da Revista Atlântico, de Lisboa. Traduz e prefacia o romance Ariadne, de Claude Anet, e Tabaré, o poema de Juan Zorrilla de San Martín. 
1952- Lança pela editora Arte no Rio Grande A Filigrana Árabe nas Tradições Gaúchas. 
1954- Publica O Rio Grande do Sul Tradicionalista e Brasileiro e Cadernos de Portugal e Espanha. 
1955 - Edita, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, A Poesia Crioula na Sátira Política.
1956 - Publica A Gênese do Gaucho Brasileiro - Cadernos de Cultura, pelo Ministério de Educação e Cultura. 
1957 - Lança Uma Viagem pela Literatura do Rio Grande do Sul, reedição da Revista Vértice de Lisboa.
1960 - Publica o livro A Cruz e o Alfange pela editora Progresso de Salvador, Bahia.
1964 -  Edita, em plaqueta, a monografia Bolívar Escritor e Tardes e Noites Brasileiras de Cultura.
1965 - Lança Máscaras e Murais de Minha Terra editado pela Livraria do Globo. 
1967 - Publica, pela EDART, de São Pauto, Um Bandeirante da Toscana. 

1969 - Edita, pela Livraria Sulina, Terra Xucra, livro de memórias que formaria uma trilogia com Mormaço e Estuário, este inacabado. Os amigos e intelectuais de São Paulo promovem um lançamento especial para Terra Xucra, em junho, época que Manoelito pronunciou várias conferências. No dia 8 de julho, morre o escritor que dedicou sua vida e obra ás causas da terra onde nasceu.       


                 MOISÉS SILVEIRA DE MENEZES -TITULAR DA CADEIRA 31

  

MOISÉS SILVEIRA DE MENEZES

Coronel RR da Brigada Militar, graduado em Letras Português/Espanhol, poeta, compositor, pesquisador. Nascido em Lavras do Sul, passou a infância e a adolescência entre os municípios de Tupanciretã, São Pedro do Sul e Quevedos, onde tem suas raízes afetivas, suas cacimbas de inspiração. Apaixonado pela terra e gente da Pampa Larga, publicou TAPERA DA ILUSÃO, 1985; em 1989 É FOGO! CAUSOS DOS BOMBEIROS, em parceria com Gilberto Kröeff; IMAGENS DO SUL, 2000, poesia. O seu trabalho Das Margens do Nilo às Barrancas do Uruguai- Uma Viagem Pela Geografia Do Verso, ensaio histórico – poético, é uma declaração de amor à longa caminhada do verso, desde o antigo Egito até os nossos dias, premiado no IV Bivaque da Poesia Gaúcha, de Campo Bom, obteve aprovação como tese no plenário do Congresso Tradicionalista do MGT, em Santa Cruz do Sul, em 1998. Neste mesmo ano editou-se a obra, que em 2006 teve sua 2ª edição, dentro do projeto “IGTF ANO 30”, produzido pela Nativismo Editora. Em 2011 editou Tupan-Cy-Retan –Face Missioneira ensaio histórico enfocando a cidade de Tupanciretã no contexto missioneiro.
Em 2012 publicou Tupanciretã Tempo de (In)Confidências obra que contém relatos pitorescos fruto de várias rodadas de contação de causos promovias pela Prefeitura Municipal daquela cidade.
Em 2015 editou Peregrinas Inquietudes-Poesia obra que tem obtido uma excelente repercussão quer da crítica especializada, quer do público leitor.
Ainda em dezembro desse ano prepara História do Jari, obra da qual é coautor e organizador.
Jurado de eventos de música, poesia e arte declamatória. Membro efetivo da Estância da Poesia Crioula, da Casa do Poeta de Santa Maria, da Casa do Poeta de São Pedro do Sul e da Associação Cultural Zeca Blau de Quevedos. Sua obra poética nativista está reunida em parte nos CDs Imagens do Sul e Poemas & Canções, no qual estão registrados poemas e músicas finalistas de festivais, interpretados por algumas das mais importantes vozes da arte declamatória e do canto do sul do país.
Integra o Grupo 15 RENASCIDOS que edita a revista CAOSÓTICA, revista literária de circulação trimestral, já em sua sexagésima edição.
Para o futuro próximo prepara as seguintes obras:

                 -Tupanciretã –Tempo de Guerra
                 -Diários do Coronel
                 -Quevedos –Sua História Sua gente(História)
                  -São Pedro do Sul Primitivo
                 -A Solidão da Palavra (poesia de temática urbana)
                 -Canção de Andar em Silêncio (CD)
           
 email: moisesmenezes@gmail.com                

terça-feira, 8 de novembro de 2016

3ª TERTÚLIA DA POESIA GAÚCHA -PREMIAÇÃO

                               
                                               MOISÉS SILVEIRA DE MENEZES
 PAULO RICARDO FUCHINA DOS SANTOS-HENRIQUE ARBOITTE TORREL DE BAIL


 HENRIQUE ARBOITTE TORREL DE BAIL


 PAULO RICARDO FUCHINA DOS SANTOS-HENRIQUE ARBOITTE TORREL DE BAIL
 SANDRA REBELATO - MOISÉS MENEZES - PAULO RICARDO FUCHINA DOS SANTOS
                                            FABRICIO VARGAS - MOISÉS MENEZES

                        A 3ª Tertúlia da Poesia ocorrida na noite de sábado -05 de novembro- lotou o Teatro 13 de maio em Santa Maria e recebeu a inscrição de 221 trabalhos de poetas de diversas partes do Brasil e países vizinhos. Os trabalhos foram avaliados atentamente pela Comissão Avaliadora, que escolheu 11 poemas para a disputa. Para a Tertúlia Piá, em sua primeira edição, firam inscritos 32 trabalhos de altíssimo nível, dos quais foram escolhidos quatro para representar a nova geração da poesia crioula do RS.
                           A Comissão Avaliadora foi formada pelos experientes e conceituados Sebastião Teixeira Correa(poeta), Luis Lopes de Souza(poeta) e Romeu Weber(declamador).                         O diferencial dessa terceira edição foi a 1ª Tertúlia Piá que selecionou quatro declamadores mirins para ao final de suas apresentações serem agraciados com os troféus Chico Scaramussa, Xurí Vasseur, Carlinhos Lima e Osvaldo Caetano. Ao final das declamações da Tertúlia da Poesia ,após o aplaudidíssimo showde Jean Kirchoff, foram premiados os três melhores nas seguintes categorias: Melhor Amadrinhador, Melhor Intérprete, Melhor Poema e o Prêmio Geral, que levou em conta o conjunto apresentado no palco.                           A secretária Marilia Chartune que desde sempre mostru-se uma fã incondicional do festival destacou a beleza das apresentações e a competente produção do evento : " Hoje vemos o tradicionalismo se renovando, ganhando força e mais uma veia da cultura que Santa Maria tem .Tivemos poemas de qualidade e um grande número de inscritos, isso atesta a necessidade da Tertúlia da Poesia. Quero parabenizar os artistas que se apresentaram com tamanho talento. Parabenizo também a equipe da secretaria de Cultura pelo trabalho maravilhoso. Unidos a gente consegue fazer tudo pela cultura da cidade”.

                 RESULTADO FINAL DA 3ª TERTÚLIA DA POESIA

Amadrinhador

1º - Zulmar Benitez (Poema Reflexões - Caine Teixeira Garcia- Bagé/RS)  2º - Douglas Diehl Dias e Douglas Mendes (Poema Sinal da Cruz - Anderson Fonseca- Encruzilhada do Sul/RS)
3º - Giuliano Lanes e Gisa Lanes (Poema Prefácio em 3 Sonetos - Delci José Oliveira-Pinheiro Machado/RS)


Declamador


1º - Paulo Ricardo Fuchina dos Santos (Poema Se for falar de Saudade - Moisés Silveira de Menezes - São Pedro do Sul/RS)
2º - Liliana Cardoso Duarte (Poema Palavra Adriano Alves – Campo Grande/MS)
3º - Aline Martins de Linhares (Poema Paixão e Pedra Carlos Omar Villela Gomes- São Vicente do Sul/RS) 
Poema


1º - Paixão e Pedra - Carlos Omar Villela Gomes- São Vicente do Sul/RS
2º - Se for falar de Saudade- Moisés Silveira de Menezes - São Pedro do Sul/RS
3º - Palavra - Adriano Alves – Campo Grande/MS
 Conjunto de Palco1º - Paixão e Pedra - Carlos Omar Villela Gomes- São Vicente do Sul/RS
2º - Se for falar de Saudade - Moisés Silveira de Menezes - São Pedro do Sul/RS
3º - Palavra - Adriano Alves – Campo Grande/MS

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A LITURGIA DO CARGO

                                          
                          Segundo o escritor e filólogo Umberto Eco, crítico do papel das novas tecnologias na disseminação de informações, em opinião manifestada quando da outorga do título de doutor Honoris Causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim(11-06-2015): 

            "Normalmente, eles (os imbecis) eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel".

                         Para ele, a TV fez com que o “idiota da aldeia” se sentisse em um patamar superior, e a Internet elevou ainda mais essa situação.
Antes das redes sociais, os “idiotas da aldeia’’ tinham direito à palavra "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade". ''O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade".
                       Trago a opinião do conceituado escritor porque quero refletir sobre a ideia da liturgia do cargo que foi popularizada pelo ex-presidente José Sarney no primeiro semestre do ano de 1985, quando recém empossado Presidente da República, ao ser flagrado por repórteres e fotógrafos saindo do palácio presidencial ao volante do seu carro particular, num final de semana, indo para a sua propriedade, o sítio de São José do Pericumã, acompanhado da esposa Dona Marli Sarney.
                      Indagado sobre aquele fato inusitado, um Presidente da República dirigindo seu próprio automóvel, Sarney respondeu, sem jeito e meio constrangido, que esperava não estar violando a liturgia do cargo. Despediu-se dos profissionais da imprensa, engatou a primeira e foi embora pra sua fazenda, seguido por um batalhão de jornalistas.
                     A expressão “liturgia do cargo” é muito adequada para expressar o comportamento que se espera de ocupantes de cargos público e, assim como a ética, deveria ser um conceito natural, de fácil percepção e de entendimento pacifico por quem recebe a missão de representar ou conduzir os demais cidadãos. Sobranceiramente, é a consciência do significado de se ocupar uma posição de destaque, de representatividade, de mando, de responsabilidade, uma delegação social.
                        Mas assim como não tem a noção do conceito de ética, alguns desses afortunados detentores de posições relevantes (eleitos ou concursados) na estrutura pública nos seus três níveis (em seus vários escalões), também são levados a ter uma visão toda particular do que seja a “liturgia do cargo”. Confundem esse conceito (muito pela deficiência sociocultural e moral que a grande maioria é portadora) como sendo as condições materiais e posições sociais que lhes são alcançadas pelo contribuinte (nós todos pagadores da conta) e colocadas à disposição para exibir suas façanhas nada edificantes.
                   Faço essas colocações porque nesses dias que antecedem as eleições para prefeitos (as) e vereadores (as) o eleitor tem que decidir e escolher pelo melhor nesse emaranhado de opiniões, promessas e acusações. Alguns (mas) só acusam porque lhes falta obra, lhes falta história, lhes falecem propostas e objetivos claros e honestos. As redes sociais estão saturadas de campanha política e em alguns casos (não poucos), candidatos e apoiadores (as),inclusive é facilmente observável, apoiador (a),mentor(a) que monopoliza a candidatura do(a) afilhado (a) e aí o ridículo não tem limites).
                São fotos desmazeladas, debochadas (o deboche pode ser arte, mas tem que ter cultura pra isso),acusações infundadas, inversão de palavras, de atos, de atitudes enfim tudo o que mentes doentias são capazes de produzir dentro dessa afirmação (repito) de Humberto Eco:

                                 - Antes das redes sociais, os ‘’idiotas da aldeia’’ tinham direito à palavra "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade". ''O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade".

                  Diante desse quadro dantesco, miserável (não conheço nada mais violento e miserável que a pobreza espiritual – falência múltipla das virtudes–) convido o leitor a pensar:
a) Não ficas com vergonha de teu (tua) eleito (a) ou do (a) postulante a um cargo a partir de procuração plena por ti outorgada nas urnas, quando o (a) flagras de quatro pelos bochichos, antros de jogatina ou outros lugares de ajuntamento de público arrastando sua pequenez, nunca o (a) encontrando em um lugar de frequência e de convivência mais civilizada?
b) O que pensas da tua escolha quando entras na página pessoal que o (a) distinto (a) eleito (a) ou candidato (a) mantém nas redes sociais e te deparas com a imagem de que fazias do (a) mesmo (a) se desfazendo ou se putrefazendo em postagens escabrosas, tenebrosas, doentias?
(c) Que dizes quando teu (tua) escolhido (a) calunia, injuria, acusa sem provas, não respeitando credo cor, sexo, doença, familiares, transformando o cenário eleitoral numa encenação reles, bem adequada a sua biografia desprovida de valores e princípios que devem nortear quem pleiteia nosso aval, para nos representar e administrar nossas aspirações e a coisa pública que é de todos e para todos?
d) Claro que já te arrependeste do teu voto (já aconteceu comigo e não foi somente uma vez), então verifica quem o (a) causador (a) do teu arrependimento, da tua frustração, da tua tristeza, está apoiando nesta eleição. Assim, vamos dirigir a arma certeira do nosso voto (temos autoridade moral para decidir), somos donos do nosso destino para escolher alguém mais adequado ao nosso comportamento e aos nossos anseios. Vamos votar pelo futuro que queremos para nossos filhos e netos, de forma que se orgulhem por não termos sido omissos na hora de decidir o que é melhor para um tempo novo e digno, por decidirmos com serenidade e firmeza por um porvir mais humano. Vamos decidir de forma que as nossas ações e escolhas não venham macular o legado de nossos antepassados, nem comprometer o futuro de nossos descendentes.
                   Feitas estas considerações, proponho: – Não vamos esperar uma estrita “liturgia do cargo” ao escolher nosso (a) candidato (a), pois é penoso para muitos (as).Vamos exigir só uma postura adequada à função pública.Vamos exigir apenas respeito e conduta ilibada. Só isso!!!



domingo, 18 de setembro de 2016

EM CAMPANHA




                                    Tempos de campanha política, de quatro em quatro anos abre-se a Caixa de Pandora e todas as desgraças saem a campo, para barafundar as idéias daqueles que tentam escolher, entre todas as opções, uma ao menos que seja do bem e de bem, tarefa difícil que exige muito cuidado e atenção nas caras que se apresentam e no que dizem, mas se focalizarmos devidamente, todos tem uma história que é suficiente para nossa análise e outros (as) nem história tem e se tem esta não recomenda e então o que parecia difícil já fica mais fácil.
                                     Era uma festa dessas que ocorrem uma ou duas vezes por ano no mesmo lugar, promovida pela mesma entidade e que convencionamos chamar de “comunitária”.Tudo corria bem mas de repente apareceram os políticos na caça do voto dos incautos,uns são habituais dessas festas outros só aparecem em época de campanha e aí podemos observar algumas barbaridades.
                          Uma senhora sem tradição política, sem história, sem eira nem beira, de repente viu-se candidata e apareceu numa dessas festas.  Lá pelas tantas resolveu fazer um périplo pelas mesas atrapalhando a conversa e a refeição das pessoas na “infrutífera busca do voto” e muito mais para mostrar-se candidata, já que mais nada tinha para mostrar .Obviamente, como ideias nunca teve, não tem e não terá,para  justificar a candidatura e a parceria,começou a falar de lunáticas e visionárias perseguições e mais um rosário de bobagens que costumam  falar “os perseguidos” (essa no caso sofre da perseguição natural de ser ela mesmo) e logicamente como não tem cérebro,argumento,historicidade(cabeça vazia,despreparada) resolveu assacar algumas injurias,calunias contra uma ou duas pessoas, de extrato moral e social muito mais elevado,até que um dos interlocutores que a incauta e maleva senhora não conhecia bem lhe obstou:
                           -“ A Senhora está falando mal da minha tia e isso eu não admito!!!”
                         A cara de bestunta (cara natural) que a dita fez e uns resmungos de desculpas compõem um momento único, impagável, a consagração de quem viu e ouviu, afinal não é todo dia que se presencia uma torpe figura, uma malabruja conhecida e definida entrar numa fria  dessas até porque destilava seu veneno,sua pequenez,sua falta de caráter contra pessoa honrada,limpa,competente,decente com biografia respeitada e comprovada.Assacava sua desfaçatez contra figura diametralmente oposta à sua exatamente como a treva tenta se antepor à luz!
                           Quem tem dignidade fala pelos seus atos e não precisa se defender de ataques de gente que vem e vai para o submundo ao qual se destinam os pobres de espírito, os maus, gente baixa, sem ética, sem nem um traço na trajetória que os recomende. Quem tem dignidade tem quem lhe defenda sem que precise pedir, diferente de quem chafurda na lama política, por cargos, por ascensão social, por visibilidade quando já se fez visível até demais por protagonizar uma caminhada nada edificante.
                           Ao eleitor cabe discernir quando está diante de um(a) chibungo(a)um (a) safado(a), uma imundície rastaquera que não tem o que propor além de culpar outros pelo fracasso de vida que ela mesmo construiu mercê de sua própria incompetência, de sua própria inaptidão, da sua falta de  estofo para um convívio sociocultural mais elevado que requer o trato da “coisa pública”.

                            Assim como essa “senhora” andam muitos por aí tentando esbulhar seu voto com chicanas de todo tipo, e assim, como aqueles que foram atacados injustamente e criminosamente  por ela outros e talvez o(a) senhor(a) caro(a) leitor(a)também esteja sendo agredido sem saber porque desde muito tempo sabemos da inveja que a árvore seca tem das árvores que florescem e frutificam.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A CAPELA DE ROSSLYN





A CAPELA DE ROSSLYN
Moisés Silveira de Menezes
I
O olhar primeiro não vê
Não se lê mesmo que enxergue
De plano não se decifra
Pode ouvir, mas não entende.
Enigmas não são perguntas
Respostas são para quem anda
Pelos meandros da pedra
Buscando ser e saber.
Códigos, símbolos, marcas
Linguagem para bem poucos
Para conhecer bastam livros
Para saber, tempo e estrada.

II
Mistérios, verdade oculta
Explica-se por ser mistério
Invisíveis véus os guardam
Interrogações, segredos,
Remoto e lento caminho
No rumo das inquietudes.
Aprendiz de vida inteira
Sabe que os véus são portais.
Deles, sabe o peregrino
Enigmas, dúvidas, mistérios
Assim se constrói o mundo
Muito mais que de certezas.


III

Que houve nesse interregno?
Como andaram esses séculos?
O lapso temporal
Quatrocentos longos anos
Final da Ordem Templária
Fundação da Grande Loja.
Os  homens chegam e partem
Ideais cruzam os tempos.
Artes , signos, sinais
Dizem que nada findou
Na linha Rosa a Capela
Guarda secretas verdades.

IV

O oculto em seu mister
Aplaca a sede do andante
Três colunas e a mais bela
Mais ricamente adornada
Justamente a do Aprendiz.
Ouvida a voz interior
Desfaz-se o véu do mistério
É mestre aquele que entende
Ser um Eterno Aprendiz
O templo do Grande Rei
Transfigura-se na Capela
E aponta rumo e visão.
V
Tessitura muito antiga
Conduz a sabedoria
Do Grande Rei a Payens
De Payens a nossos dias
Magistral engendramento
Sinaliza templos e saberes
De Herodes e Salomão
A Celestial Jerusalém
Que visionara Ezequiel
Na Capela de Rosslyn
Síntese Justa e Perfeita
Da Sublime Arquitetura.

VI
Um Triplice Tau perfeito
No desenhar dos pilares
A Chave para o Tesouro
Lugar da Jóia Guardada
Talvez o próprio tesouro.
Do gaélico se traduz
Antigo conhecimento
Saint Clair transgrediu o tempo
Ontem, hoje, amanhã
Transmutam ser e saber
Relicário atemporal
De lendários manuscritos.


VII


No Arco Fronteiro inscrita
Ritual do Livro de Esdras
Encaminha ao Real Arco.
Zorobabel decifrara
Nos ensina o Cavaleiro
Que passou na Babilonia:
-Meu irmão o vinho é forte
Um rei é muito mais forte
A mulher mais forte ainda
Mas paira acima de tudo
Sobranceira, soberana
A Luz Maior da Verdade!!!







quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Os Abas Largas

Os Abas Largas

                                                                                  (*)Moisés Silveira de Menezes

               Ao final dos prazerosos e inquietantes oitenta e três minutos dedicados a assistir o filme “Os Abas Largas”, nos deparamos com a célebre, velha, sempre atual e insofismável afirmação de Oscar Wilde: "A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida."
   Não vamos nos aprofundar nessa sentença porque ficaríamos dias e noitesenvolvidos com situações que ora ilustram que a vida imita a arte e ora demonstram o contrário, mas no filme em questão nos deparamos com as duas assertivas dependendo do ângulo que se analisa.
 A frase de Wilde imbrica também na discussão sobre ficção e realidade que permeia qualquer análise que se queira fazer quando se comenta a arte nas suas mais variadas manifestações e, no momento, me vem à memória a resposta que me deu Victor Aquino, professor da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo, a um questionamento que lhe fiz:
            “-Toda realidade é fantástica. A fantasia, muitas vezes, também é real. Importante é a descrição. Embora fato real utilizado em texto ficcional, ou vice-versa, tudo pode derivar em dúvida. Exemplos: primeira missa na Ilha de Santa Cruz, os escritos na areia do padre Anchieta, o amor de Marília por Dirceu, a execução de Tiradentes, o papel de Garibaldi na guerra dos dez anos (ou guerra do charque, ou guerra contra o império), a descrição de qualquer herói (seja na Grécia clássica, seja na guerra do Paraguai) e assim por diante. Enquanto isso, a dúvida, que nem sempre é dúvida, mas o desalinho entre tudo que é real e alguma coisa que é ficção, muitas vezes pode remeter ao mito ou a uma elaboração mitológica. Contudo, o que importa, mesmo, é a inteligência de quem escreve de quem dispõe do mando da autoria domesmo, é a inteligência de quem escreve de quem dispõe do mando da autoria do que se cria em literatura.”
          Na senda dessas assertivas, o filme tem cenas que nada mais são do que o transpasse para a tela do dia a dia do Regimento de Polícia Rural Montada: despachos do comandante, formaturas, expulsão de um integrante que comprovadamente aderira ao crime, também com alguns integrantes do Regimento desempenhando seu próprio papel ou sua própria atividade em seu cenário de rotina, como o caso do próprio comandante da unidade e alguns auxiliares diretos, confirmando o que disseram Oscar Wilde e Victor Aquino há uma dose de ficção,um pouco de arte e assim nos parece que a vida se vale ,reproduz ou imita pelo menos em parte esse contexto ficção\realidade.
               Por outro lado, os atores encarnam com tal originalidade, espontaneidade e doação seus papéis que, ao observador mais desavisado, será muito difícil saber quem é integrante do Regimento no exercício de sua atividade, fazendo seu próprio papel, e quem, ator por excelência, está corporificando uma personagem e, entre muitos, cito o ator e poeta Dimas Costa irrepreensível na construção da personagem Sgt.Nicácio que, transitando entre um ser divertido, bonachão e profissional, nos lembra muito os velhos “rurais” que conhecemos, haja vista a convivência muito próxima que tivemos com a legendária “rural montada”, por ser filho de um desses abnegados que fizeram história pelos fundões do Rio Grande e, bem mais tarde, por ter tido a honra de comandar a renomada unidade, no entanto renomeada com a supressão da palavra “rural”

                   Ao analisarmos um filme devemos ter em mente que esse não é um texto, mas se compõe de vários textos simultâneos representados pelo roteiro (muitas vezes considerado como o único texto de um filme), pela iluminação, pelo guarda-roupa, pela trilha sonora e a fotografia. Da maior ou menor capacidade de tais múltiplos textos conversarem coerentemente entre si dependem de maneira significativa a beleza e harmonia do filme. Nesse sentido, qualquer trabalho com o cinema exige a observação detalhada de todos esses textos superpostos e simultâneos, ultrapassando em muito a análise do roteiro expresso nas falas dos personagens em cena. 
                     Um enredo romântico, com belas atrizes e indefectíveis mocinhos, tudo muito fiel ao gosto da época, permeia de forma subjacente o conflito principal que reproduz a eterna e universal luta do bem contra o mal,do justiceiro honrado no combate ao crime.O filme se completa nesses dois aspectos do enredo com um agradável desenvolvimento e com muita qualidade,principalmente se levarmos em conta a época com as visíveis dificuldades para levar-se a cabo um empreendimento de envergadura em uma arte que havia começado a pouco mais de cinquenta anos, na Europa, e que ainda engatinhava na terra da pampa larga.
               “Os Abas Largas” foi apresentado à época como o primeiro far west brasileiro porque se insere no contexto da vida rural rio-grandense bastante similar ao oeste americano.Por lá e aqui, nos pagos em torno da lida e dos negócios gerados pelo boi e o cavalo, criou-se alguns tipos sociais únicos e bem definidos:peões,tropeiros,fazendeiros,domadores, ladrões de gado,receptadores(esses dois últimos popularizados pela expressão “abigeatário”).Na realidade,a obra é bem mais que um simples far west brasileiro,pois reproduz, com arte, a vida do interior do estado nos anos 50-60,com seus conflitos,seus encantos, suas peculiaridades,suas belezas e suas tristezas.Além disso fica bem visível que a obra possui um ótimo diálogo entre seus variados textos com destaque  especial para roteiro,fotografia e figurino.
                Se o estereótipo do gaúcho, lidador, campeiro, criador de gado não rivaliza com o vigor, com a miticidade, com o ar lendário de um personagem de Hernandez, de Sarmiento ou de Güiraldes, provavelmente porque a nossa literatura não tenha criado nada que se aproxime de Martim Fierro, Dom Segundo Sombra ou Facundo,no entanto, na tela, desfilam gaúchos desmistificados,em carne e osso,com virtudes e defeitos e por isso  humanos.Uns envergando a farda da recém criada Rural Montada,menina dos olhos da Brigada Militar, junto com os Pedro e Paulo(os Rurais para o interior do estado,e os Pedro e Paulo para a área urbana), e outros, ainda, na labuta diária da vida de campo,o pastoreio,a tropa e suas decorrências, peculiaridades e singularidades e é nessa reprodução do gaúcho daquele momento histórico,pois, a obra não vai ao passado mítico,que a arte mais se aproxima da vida e vice versa.
                 Existe uma linha muito tênue que separa o bem e o mal, o certo do errado, a polícia do mundo do crime. Cruzar essa linha não é tão difícil quanto se pensa. Quando o bem, representado pelo agente da lei ultrapassa essa linha, a sociedade passa a não ter parâmetros e, ao lembrarmos-nos do livro do Gênesis, a polícia pode ser interpretada como criação de Deus, pois, a  figura anjo com a espada flamejante de certa forma representa uma primitiva idéia de  policial.
                 No filme que ora se comenta, esse conflito antagônico se desenvolve em primeiro plano com o agravante de que um rural também ultrapassa essa invisível fronteira e apresenta uma faceta que é real até os nossos dias, qual seja,um chefe da quadrilha,bandoleiro que não se encaixa no conceito do desajustado social,do homem criado à margem da sociedade e por isso já em conflito com essa desde o nascimento.O abigeatário chefe,receptador, é fazendeiro e doutor,cidadão, a princípio, livre de quaisquer suspeitas, com álibis naturais que a posição social concede e com isso bem difícil e complexa se torna a ação da lei para a comprovação do crime e da consequente punição.
                 Esse fato de relevância no enredo, me lembra uma cena, lá dos anos 60, quando meu pai e outro companheiro do 1º R.P.R. Mont.,a popular Rural Montada, investigando um roubo de gado acabou, ao  final de vários dias de trabalho árduo e competente, prendendo o mandante do roubo,figura bem conhecida na localidade,com futuro político pela frente e de imagem irretorquível até aquela data (meados da década de 60).Quando chegaram na delegacia de polícia com o preso,o delegado saiu pela porta dos fundos e não voltou para o flagrante,tal a importância do preso no cenário local.O jeito foi aproveitar a abnegação e o desassombro de um escrivão de polícia e montar o flagrante fora da delegacia e depois levar o culpado e a documentação para um delegado conhecido de Santa Maria que fez a autuação.
                  Importante destacar, no filme, a punição do rural que trocou de lado - de agente da lei para criminoso-, pois essa forma de agir, sem corporativismo, sem protecionismo, rápida, justa e adequada à falta cometida, fez da Brigada Militar uma referência quando se trata de segurança pública e do permanente e acurado cuidado com  a honradez e dignidade de seus quadros,com a ressalva que, na atualidade, apenas houve uma adaptação às modificações da legislação penal com maior abrangência no que concerne aos direitos de ampla defesa ao faltoso.
                   O Rio Grande do Sul, pela faina do gado e suas derivações como atividade econômica principal, possibilitou o surgimento e abrigou os mais diversos personagens, entre matreiros, bandoleiros ou simples gaudérios. Esses tipos sociais sobreviveram ao tempo, permaneceram na literatura oral e no imaginário popular, que lhes acrescentou colorido de lenda e aura sobrenatural. Além disso, ficaram projetados no tempo, a espera de alguém que, um dia, os resgatassem para perpetuação e estudo de tipos sociais que vão desaparecendo.
                 Assim, figuras como Talco Cardoso, Ranchão, Martim Aquino e Locatelli, entre outros, resgatados na obra “Os Últimos Bandoleiros a Cavalo”, de Sejanes Dorneles, também não deixam de estar presentes no filme “Os Abas Largas”,no plano metafórico,embora a falta de uma cena de impacto,verídica, como aquela protagonizada por Talco Cardoso logo que saiu da cadeia do gasômetro em Porto Alegre narrada por Celito de Grandi:
                “... Comprou passagem no luxuoso “Minuano” e, ao chegar próximo à parada Inhatiun, para não descer em São Gabriel, temeroso de alguma cilada, obrigou o chefe do trem a brecá-lo nos trilhos, sob a mira de um revólver e o olhar espantado dos passageiros.Ali o esperavam os comparsas,com um cavalo encilhado...”
               Mesmo sem a presença dessa cena, real, quase irreal de tão real, o filme registra uma época importante no nosso processo histórico, pois, o campo bem mais que um modo de vida, tornou-se uma das principais atividades da nossa economia e que sobremaneira, colaborou com a mitificação do gaúcho e sua consequente permanência, com as nuances características que o tempo e o imaginário popular concedem àqueles ou àquilo que resiste ao primeiro e que, por alguma razão ainda não bem definida, caem no agrado e no gosto do segundo.
             Também se faz importante registrar que a obra cinematográfica pereniza e faz jus a uma das mais históricas unidades da Brigada Militar em um novo momento de sua brilhante caminhada. Trajetória iniciada em 93, no rastro dos Federalistas de Joca Tavares e Gomercindo Saraiva e, ensarilhando as armas, principiava a odisseia do policiamento ostensivo, levando paz e tranquilidade aos fundos de campo, nos grotões esquecidos, com missões que a tornariam pioneira do que, hoje, se define como Polícia Comunitária e Polícia Ambiental, quais sejam:

- a vigilância preventiva e as primeiras providências de caráter repressivo no interior dos municípios, em colaboração com a autoridade policial;
- execução de atividades educativas, advertindo e orientando, no cumprimento da legislação vigente;
- visitas periódicas a lugares remotos para entrega de correspondência e prestação de serviços assistenciais;
- auxílio a moradores de regiões mais isoladas, em caso de acidente ou moléstia;
- solicitação de médicos ou medicamentos, pelo rádio ou outros meios de comunicação;
- condução dos médicos, enfermeiros, parteiras, veterinários ou medicamentos para regiões de difícil acesso, em caso de necessidade;
- aviso às autoridades sanitárias em caso de epidemia, colaborando quando requisitado;
- assistência e auxílio à população flagelada, em caso de calamidade pública;
- medidas preventivas contra o fogo e combate a incêndios em matas;
- auxílio nos serviços florestal, caça e pesca de estatística e de proteção aos índios.

(*)Cel RR da Brigada Militar
    Graduado em Letras-Português-Espanhol

Bibliografia
-Aquino, Victor Prof. Entrevista virtual,facebook,2014.
-De Grandi, Celito.Jornal Zero Hora, domingo,15 de julho de2012.
-Güiraldes, Ricardo.Don Segundo Sombra, segunda edición, San Antonio de Areco, Proa, 1926.
-Hernandez, Jose. El Gaucho Martim Fierro, primera edición, Buenos Aires, Imprenta de La Pampa, Victoria 79, 1872.
-Mariante, HélioMoro.Crônicas da Brigada Militar,Imprensa Oficial Editora,1972.
-Pereira, Maj Miguel. Esboço Histórico de a Brigada Militar, Oficinas Gráficas da Brigada Militar, 1950.
-Sarmiento, Domingos Faustino. Facundo ou Civilização e Barbárie, tradução Sérgio Alcides, Cosac Naify, 2010.
-Dorneles, Sejanes. Os Últimos Bandoleiros a Cavalo. Editora da UCS. 2001